estávamos inocentemente no alpendre de casa, na manhã desta segunda-feira. foi a mayara quem viu o pica-pau na árvore ao lado, a mesma que foi comida pelas taturanas brancas. soube dos meus amigos birdwatchers (observadores de árvores) que trata-se de um pica-pau-verde-barrado. dizem que o bichinho fez pose pra mim...
saibam mais sobre ele acessando http://www.wikiaves.com.br/pica-pau-verde-barrado
terça-feira, 8 de maio de 2012
quinta-feira, 3 de maio de 2012
- deve ser coisa de Cecília, saber olhar
foi assim que minha irmã querida, nana, me deu bom dia hoje.
A arte de ser feliz
Houve um tempo em que minha janela se abria
sobre uma cidade que parecia ser feita de giz.
Perto da janela havia um pequeno jardim quase seco.
Era uma época de estiagem, de terra esfarelada,
e o jardim parecia morto.
Mas todas as manhãs vinha um pobre com um balde,
e, em silêncio, ia atirando com a mão umas gotas de água sobre as plantas.
Não era uma rega: era uma espécie de aspersão ritual, para que o jardim não morresse.
E eu olhava para as plantas, para o homem, para as gotas de água que caíam de seus dedos magros e meu coração ficava completamente feliz.
Às vezes abro a janela e encontro o jasmineiro em flor.
Outras vezes encontro nuvens espessas.
Avisto crianças que vão para a escola.
Pardais que pulam pelo muro.
Gatos que abrem e fecham os olhos, sonhando com pardais.
Borboletas brancas, duas a duas, como refletidas no espelho do ar.
Marimbondos que sempre me parecem personagens de Lope de Vega.
Ás vezes, um galo canta.
Às vezes, um avião passa.
Tudo está certo, no seu lugar, cumprindo o seu destino.
E eu me sinto completamente feliz.
Mas, quando falo dessas pequenas felicidades certas,
que estão diante de cada janela, uns dizem que essas coisas não existem,
outros que só existem diante das minhas janelas, e outros,
finalmente, que é preciso aprender a olhar, para poder vê-las assim.
Cecília Meireles
foi assim que minha irmã querida, nana, me deu bom dia hoje.
A arte de ser feliz
Houve um tempo em que minha janela se abria
sobre uma cidade que parecia ser feita de giz.
Perto da janela havia um pequeno jardim quase seco.
Era uma época de estiagem, de terra esfarelada,
e o jardim parecia morto.
Mas todas as manhãs vinha um pobre com um balde,
e, em silêncio, ia atirando com a mão umas gotas de água sobre as plantas.
Não era uma rega: era uma espécie de aspersão ritual, para que o jardim não morresse.
E eu olhava para as plantas, para o homem, para as gotas de água que caíam de seus dedos magros e meu coração ficava completamente feliz.
Às vezes abro a janela e encontro o jasmineiro em flor.
Outras vezes encontro nuvens espessas.
Avisto crianças que vão para a escola.
Pardais que pulam pelo muro.
Gatos que abrem e fecham os olhos, sonhando com pardais.
Borboletas brancas, duas a duas, como refletidas no espelho do ar.
Marimbondos que sempre me parecem personagens de Lope de Vega.
Ás vezes, um galo canta.
Às vezes, um avião passa.
Tudo está certo, no seu lugar, cumprindo o seu destino.
E eu me sinto completamente feliz.
Mas, quando falo dessas pequenas felicidades certas,
que estão diante de cada janela, uns dizem que essas coisas não existem,
outros que só existem diante das minhas janelas, e outros,
finalmente, que é preciso aprender a olhar, para poder vê-las assim.
Cecília Meireles
quarta-feira, 2 de maio de 2012
anjo da guarda do acervo dorense
a revista aí é um projeto novo e ousado de comunicação, editada pelo bondespachense alex rocha e que tem circulado em várias cidades do centro oeste mineiro. o conteúdo é variado e explora bastante a cultura regional. fui gentilmente convidada para compor o conselho editorial. no número 1, escrevi sobre o trabalho de ricardo costa e sobre a cachoeira do indaiazinho, que integra o circuito turístico caminhos do indaiá. neste segundo número, escrevi sobre meu amigo juscelino, que voluntária e amorosamente, protege o acervo histórico documental de dores do indaiá.indico a leitura de toda a revista. divulguem!
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