sinto-me um pouco pesarosa porque estou sem poder fotografar. questões simples. pilhas. aguardo a chegada das recarregáveis e evito comprar mais e mais pilhas tradicionais. até bom que economizo e não produzo lixo. sendo assim, vou tentar reproduzir, textualmente, a imagem de dores do indaiá hoje. você não se importa de eu usar só letras minúsculas, não é? acho que é coisa de estilo mesmo.
hoje está de sol.
um sol amarelinho como sempre, mas com menos energia do que nos dias anteriores.
o pouco que vi da rua ainda foi apressadamente.
acordei com as galinhas do vizinho agitadas. lembrei-me de mim. meu pai dizia que eu não gostava do quintal, mas isso não é verdade.
fiz o café. não para mim. para dois. na verdade, especialmente para ele.
saí cedo para a manicure. coloquei o lixo na calçada. vi os meninos e meninas indo para a escola e me lembrei de mim antes. gostava mais do uniforme do maternal do benjamim. camisa xadrez pequeninho, vermelho com branco, botões e gola. vestido azul bem custoso, com bolsos laterais e fivelas nos ombros. coisas inesquecíveis essas. meias vermelhas. sapatos pretos. e aqueles cheiros de infância que ficam presos lá atrás.
vi no jornal a ginástica facial. e imitei tudo. a sandra anenbergh riu de mim e eu ri dela.
para quem está com saudade daqui, dores do indaiá convida a gente pras coisas calmas.
e eu te digo que mesmo não estando lá fora, posso ver tudo com os meus olhos de dentro: as pessoas indo para a faculdade e para as caminhadas, as velhinhas fazendo janta, as roupas sendo recolhidas nos varais, as libélulas e borboletas procurando o conforto do amor.
o meu desejo ainda permance: pão de queijo com requeijão cremoso e o meu café.
a rotina nos envolve como um lençol gigante sem necessidade. hoje eu preciso me livrar dele.
Um comentário:
Palmas! Bravo! Bravo! Isso vai ser interessantíssimo!
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