quarta-feira, 10 de junho de 2009

desabafo para o feriado

hoje venta aqui em dores, um vento que me lembra o mês de agosto. o sol aquece e à sombra é quase frio. é véspera de feriado e, em alguns lugares, vão ser quatro dias de folga. estava olhando os feriados restantes no ano, para dores do indaiá. vejam:


- 15 de julho (segunda-feira) - abertura da expodores (parte da cidade para)
- 17 de agosto (segunda-feira) - festa do rosário (grande parte da cidade para, são muitos congadeiros)
- 7 de setembro (segunda-feira) - independência do brasil
- 15 de setembro (terça-feira) - nossa senhora das dores (padroeira da cidade)
- 8 de outubro (quinta-feira) - emancipação política de dores do indaiá
- 12 de outubro (segunda-feira) - nossa senhora aparecida (e dia das crianças, recesso escolar)
- 2 de novembro (segunda-feira) - finados
- 15 de novembro (domingo) - proclamação da república
- 25 de dezembro (sexta-feira) - natal


será que só os brasileiros adoram esses feriados? eu gosto, não tenho vergonha de assumir. acho que é possível resolver muitas coisas nestes dias especiais, principalmente coisas particulares, como dar um jeito naquele armário que está uma bagunça, colher os frutos do ócio criativo, ler, dormir, experimentar uma receita nova, passear com a cachorrinha, convidar os amigos para uma reunião e música em casa, etc... a semana passa muito rápido e o tempo se encolhe.

recebi, há uns dias, uma manifestação anônima de alguém, sugerindo que eu postasse coisas relacionadas também a problemas de dores do indaiá e questionando sobre o fechamento da fábrica de calçados que funcionou aqui durante um tempo. não tenho informações oficiais, mas o que se ouve é que a empresa, que empregava cerca de 80 pessoas na produção de tênis infantis, foi embora porque nunca havia visto tanto atestado em tão pouco tempo, tendo prejuízos relacionados à mão de obra. posso estar criando uma grande polêmica - e isso é a última coisa que quero - mas aqui em dores o povo quer emprego mas não quer trabalhar. e infelizmente, o mercado também não é favorável. qual a solução? ficar e persistir, mesmo não havendo valorização do profissional e tendo que enfrentar baixos salários? criar novas alternativas? empreender negócios? acho que cada um tem a chance de escolha. eu, por exemplo, escolhi voltar para dores e, às vezes, me angustia a limitação de oportunidades. mas acho que a qualidade de vida compensa, a proximidade com as raízes me conforta e o amor à cidade me anima. as crises sempre acontecem, depois a poeira baixa, e acho que é assim com todo mundo, aqui ou em qualquer outro lugar. de qualquer forma - e desculpem o clichê - a esperança é a última que morre.

Nenhum comentário: